Olá a todos os meus queridos leitores e seguidores! Como é bom ver-vos por aqui novamente, prontos para mais uma conversa descontraída e cheia de valor.
Hoje, quero tocar num ponto que me toca de perto e que vejo ser crucial para o futuro da nossa sociedade: a importância vital da relação entre orientadores e jovens.
Não é segredo para ninguém que os nossos jovens enfrentam um mundo em constante mudança, com desafios complexos que exigem uma base sólida de apoio e compreensão.
Falo de questões de saúde mental, que, infelizmente, afetam quase metade dos jovens portugueses, com ansiedade, burnout e depressão a serem cada vez mais presentes nas suas vidas.
Também não podemos ignorar o impacto avassalador das redes sociais, com 86% dos nossos jovens a admitir vício e uma autoestima que, muitas vezes, é abalada por comparações irrealistas.
Neste cenário tão desafiante, a figura do orientador, seja ele um educador, um líder comunitário ou até mesmo um mentor, torna-se um pilar fundamental.
Não basta apenas “estar lá”; é preciso saber como construir pontes, como comunicar de forma eficaz e, acima de tudo, como ser um porto seguro. A pandemia, por exemplo, evidenciou ainda mais a comunicação como um dos maiores desafios para as lideranças, e com os jovens não é diferente.
Muitos deles preferem comunicar pelas redes sociais, o que pode dificultar interações mais profundas e significativas. Como podemos, então, desenvolver relacionamentos autênticos e de confiança que ajudem os jovens a navegar por estas águas turbulentas, promovendo o seu bem-estar e desenvolvimento pleno?
É uma pergunta que me tem inquietado e que, pela minha experiência, sei que tem respostas práticas e poderosas. Abaixo, vamos descobrir mais detalhes!
A Ponte Essencial: Construindo Laços de Confiança

O Segredo da Conexão Genuína
Meus amigos, sabemos que o coração de qualquer relacionamento significativo reside na confiança. E quando falamos de jovens, isso se torna ainda mais evidente e, por vezes, um desafio enorme. Não é de um dia para o outro que um jovem se abre e partilha as suas angústias, os seus sonhos ou até os seus medos mais profundos. Pela minha experiência, a construção dessa ponte de confiança exige tempo, paciência e, acima de tudo, uma dose gigante de autenticidade. Os jovens têm um faro incrível para o que é verdadeiro e para o que não é; eles sentem a quilómetros se estamos realmente ali por eles ou se é apenas mais uma obrigação. Se formos, como orientadores, pessoas que cumprem a palavra, que demonstram interesse genuíno e que não julgam (e isto é crucial!), a porta para a confiança abre-se mais facilmente. Lembro-me de um caso em que um jovem, super fechado, que mal falava, só começou a partilhar depois de meses de conversas simples sobre o dia a dia, sem qualquer pressão. Foi a consistência da minha presença e a ausência de cobrança que o fizeram perceber que ali havia um porto seguro, um espaço onde ele podia ser ele mesmo. É como regar uma planta: lentamente, com carinho e atenção, ela vai florescer. É um investimento a longo prazo, mas os frutos… ah, esses são impagáveis e transformadores.
Criando um Espaço Seguro para a Partilha
Para além da nossa postura, é fundamental que o ambiente onde estas interações acontecem seja um verdadeiro santuário de segurança e confidencialidade. Imaginem só: um jovem que já lida com a pressão dos pares, a escola, as redes sociais, precisa de um lugar onde possa simplesmente ser, sem máscaras, sem filtros. Eu sempre tento criar um espaço onde eles saibam que o que é dito ali, fica ali, entre nós. Garanto-lhes que não há julgamento, que podem errar e que serão sempre ouvidos com respeito, independentemente do que partilhem. Por vezes, isso significa desligar o telemóvel para evitar interrupções, dar toda a minha atenção e até mesmo partilhar um pouco das minhas próprias vulnerabilidades (claro, de forma apropriada e sem desviar o foco deles). Isso mostra-lhes que somos humanos, que também passamos por desafios e que não somos figuras inatingíveis. Vi com os meus próprios olhos como um simples café, num ambiente descontraído, pode ser infinitamente mais produtivo do que horas num gabinete formal. A chave é desmistificar a ideia de que “orientador” é uma figura distante ou superior. Somos apenas pessoas que querem genuinamente ajudar outras pessoas, mais novas, a encontrarem o seu caminho e a sentirem-se bem consigo mesmas.
O Poder da Escuta Ativa e da Empatia
Ouvir Além das Palavras
Esta é uma das minhas dicas de ouro, e das mais difíceis de dominar, garanto-vos! No mundo agitado em que vivemos, somos mestres em falar, em dar a nossa opinião, mas muitas vezes péssimos em ouvir. E não estou a falar apenas de ouvir o que é dito explicitamente, mas de captar o que não é dito. A escuta ativa, meus amigos, é uma arte complexa e gratificante. É estar presente de corpo e alma, observar a linguagem corporal, o tom de voz, as pausas, os olhares. É perguntar “Como te sentes com isso?” em vez de “O que fizeste?”. Lembro-me de uma vez que um jovem me disse que estava “tudo bem”, mas a forma como desviou o olhar, a ligeira tremedeira nas mãos e o timbre de voz contavam uma história completamente diferente. Se eu tivesse apenas aceitado as palavras, teria perdido a oportunidade de aprofundar e perceber que ele estava, na verdade, a lidar com uma situação familiar complicada em casa. É preciso treinar o nosso olhar e o nosso coração para ir além da superfície, para decifrar os sinais que os jovens, muitas vezes por vergonha ou medo, nos enviam silenciosamente. É aí que a verdadeira conexão acontece, quando eles percebem que estamos a esforçar-nos para os compreender verdadeiramente, em toda a sua complexidade.
A Força da Empatia no Apoio Jovem
Depois de ouvir com atenção, vem a parte de sentir. E não me refiro a sentir pena por eles, mas a sentir com eles. A empatia é a capacidade mágica de nos colocarmos no lugar do outro e compreendermos as suas emoções e perspetivas como se fossem nossas. Para os jovens, que muitas vezes sentem que ninguém os entende, que estão sozinhos nas suas emoções, ter alguém que valida os seus sentimentos é profundamente libertador. “Eu percebo que te sintas assim, é natural diante do que me contas.” Uma frase simples como esta, dita com sinceridade, pode ter um impacto gigantesco, um alívio imenso. Não significa que temos de concordar com todas as suas ações ou decisões, mas sim que reconhecemos e respeitamos o seu estado emocional. Já vi muitos jovens portugueses, incluindo alguns dos meus próprios sobrinhos, sentirem-se tão isolados nas suas emoções que acabam por se fechar, por isolar-se do mundo. Ao demonstrar empatia, estamos a quebrar essa barreira do isolamento, a dizer-lhes que não estão sozinhos e que as suas emoções são válidas e importantes. É uma poderosa ferramenta para construir a resiliência e a autoestima, permitindo-lhes enfrentar os desafios com mais confiança, sabendo que têm um pilar de apoio incondicional. É um abraço sem palavras, um carinho para a alma jovem que tanto precisa de ser vista e sentida.
Desvendando os Desafios Digitais dos Nossos Jovens
Navegando no Oceano das Redes Sociais
Ah, as redes sociais! Para mim, é um tema que me apaixona e me preocupa ao mesmo tempo. É inegável que são uma parte integrante e central da vida dos nossos jovens, com quase 9 em cada 10 a admitir um certo vício ou dependência. E não é para menos, a quantidade de informação que recebem, a comparação constante com “vidas perfeitas” e a busca incessante por aprovação instantânea (os famosos “likes”) podem ser esmagadoras e tóxicas. Como orientadores, temos de entender este universo digital, e não julgá-lo ou demonizá-lo de imediato. Não é sobre proibir o uso, o que seria quase impossível hoje em dia, mas sobre educar para o uso consciente, crítico e saudável. Eu própria, confesso, às vezes me perco um pouco no feed sem notar o tempo a passar! Por isso, o que faço é tentar conversar abertamente com os jovens sobre os perigos – o cyberbullying que tanto mal faz, a exposição excessiva, a distorção da realidade que as redes criam – mas também sobre as oportunidades que as redes oferecem, como a conexão com amigos e a aprendizagem de novas culturas. É um terreno minado, sim, mas podemos ajudá-los a identificar os sinais de alerta, a gerir o tempo de ecrã e a construir uma autoestima que não dependa de “likes” ou de validação externa. Acreditem em mim, a melhor defesa é a informação, a capacidade crítica e a autoconsciência.
Construindo uma Autoestima Digital Saudável
A autoestima dos jovens hoje em dia está constantemente em cheque por conta da imagem que projetam e que veem nas redes sociais. A pressão para parecer perfeito, para ter uma vida emocionante, para estar sempre a viajar ou a usar as roupas da moda, é real e, muitas vezes, sufocante. Como podemos, então, ajudar a construir uma autoestima digital saudável e robusta? Primeiro, validando as suas preocupações e sentimentos, mostrando que entendemos a pressão. Segundo, promovendo a ideia fundamental de que a sua identidade e valor não são definidos por um número de seguidores, por comentários ou pela beleza das suas fotografias. Terceiro, incentivando a criação de conteúdo autêntico e significativo, em vez de apenas consumir passivamente o que é imposto pelos algoritmos. Já vi jovens que se sentiam completamente desadequados ou “fora de moda” por não terem as últimas tendências ou as férias mais exóticas para mostrar. A minha abordagem é sempre a de os fazer refletir sobre o que realmente os faz felizes, fora do ecrã, no mundo real. Promover hobbies, atividades ao ar livre, o convívio presencial com amigos e família. É um trabalho de formiguinha, lento mas essencial, para que percebam que a vida real, com todos os seus altos e baixos, com todas as suas imperfeições, é muito mais rica e gratificante do que a perfeição ilusória e efémera das redes. É sobre fortalecer o “eu” real, para que ele seja a base sólida, e não o “eu” digital construído para os outros.
Estratégias Práticas para um Mentorado Efficaz
Desenvolvendo Competências de Vida Essenciais
Um bom orientador não é apenas um ouvinte, mas também um guia que ajuda a desenvolver ferramentas para a vida. Estamos a falar de competências que vão muito além do académico ou do técnico: inteligência emocional, resolução de problemas, tomada de decisões conscientes, comunicação assertiva, resiliência. Pela minha vivência e pela minha experiência, sei que muitos jovens chegam até nós sem saber como lidar com frustrações, como gerir as suas emoções intensas ou como expressar as suas necessidades de forma eficaz. O nosso papel é, então, como um “treinador de vida”, um facilitador. Podemos usar cenários hipotéticos, jogos de role-playing ou simplesmente discutir situações do dia a dia, para os ajudar a praticar e a interiorizar essas competências valiosas. Por exemplo, quando um jovem se queixa de um conflito com um amigo, em vez de dar a solução pronta, eu pergunto: “Que opções tens? O que achas que aconteceria se fizesses X ou Y?”. Este tipo de abordagem estimula o pensamento crítico e a autonomia, capacitando-os a encontrar as suas próprias soluções, em vez de dependerem de nós para tudo. É empoderar, não resolver por eles. E, acreditem, o brilho nos olhos quando eles próprios chegam a uma solução é a melhor recompensa, a maior satisfação para mim.
Traçando Roteiros para o Futuro Pessoal e Profissional
A fase da juventude é também a de grandes decisões sobre o futuro, seja ele académico, profissional ou pessoal. E muitas vezes, eles sentem-se perdidos, sem um mapa, sobrecarregados com tantas opções e expectativas. É aqui que o orientador pode ser um verdadeiro farol, iluminando o caminho. Não para escolher o caminho por eles, o que seria um erro, mas para os ajudar a explorar as opções disponíveis aqui em Portugal e no estrangeiro, a entender os seus próprios interesses e talentos, e a definir metas realistas e alcançáveis. Podemos falar sobre carreiras que eles nem sequer conhecem, sobre as tendências do mercado de trabalho português ou até sobre as oportunidades de voluntariado que podem enriquecer o seu currículo e a sua experiência de vida de formas inesperadas. Uma dica que sempre dou é a de fazerem pesquisas, conversarem com profissionais de diferentes áreas e, se possível, fazerem estágios ou visitas de estudo. Ajudo-os a criar um pequeno plano, com passos concretos, para que o futuro pareça menos assustador e mais como uma aventura emocionante. Já vi muitos jovens descobrirem paixões e vocações que antes nem imaginavam, simplesmente porque alguém lhes abriu os olhos para novas possibilidades e os encorajou a seguir o seu coração. É um privilégio enorme fazer parte desse processo de descoberta e crescimento.
| Características Essenciais do Orientador | Benefícios para o Jovem |
|---|---|
| Empatia e Compreensão | Sentimento de ser compreendido e validado emocionalmente, redução do isolamento. |
| Escuta Ativa e Presença | Desenvolvimento da confiança, da capacidade de partilha e da autoconsciência. |
| Autenticidade e Coerência | Criação de um ambiente seguro, de respeito mútuo e de referência positiva. |
| Flexibilidade e Abertura | Maior adaptabilidade, aceitação de diferentes perspetivas e criatividade na resolução de problemas. |
| Incentivo à Autonomia | Fortalecimento da autoeficácia, da capacidade de decisão e da responsabilidade pessoal. |
O Papel do Orientador no Desenvolvimento da Resiliência

Construindo a Capacidade de Superação
A vida, meus amigos, é feita de desafios, e para os jovens, esses desafios podem parecer montanhas intransponíveis, verdadeiros obstáculos que parecem impossíveis de ultrapassar. A resiliência – essa incrível capacidade de nos erguermos após uma queda, de nos adaptarmos às adversidades e de seguirmos em frente – não é algo com que se nasce pronto, mas sim uma competência que se desenvolve e se fortalece ao longo do tempo. E o orientador tem um papel absolutamente crucial nesse processo de construção. Não é sobre proteger os jovens de todas as dificuldades, o que seria irreal e até prejudicial ao seu desenvolvimento, mas sim sobre equipá-los com as ferramentas e a mentalidade certas para enfrentá-las de cabeça erguida. Quando vejo um jovem a passar por uma dificuldade, seja um insucesso escolar, uma desilusão amorosa ou um problema familiar, a minha primeira abordagem é sempre validar a dor e a frustração que ele sente. “É normal sentirmo-nos tristes ou zangados nestas situações, faz parte da experiência humana.” Depois, é ajudá-los a focar no que podem controlar, a aprender com a experiência e a procurar soluções, mesmo que pequenas. Por vezes, partilho histórias pessoais de superação, não para me gabar, mas para mostrar que todos nós, sem exceção, falhamos e nos levantamos. Já vi jovens que, depois de um revés, emergiram muito mais fortes e confiantes, precisamente porque tiveram alguém ao lado para os guiar nesse processo de (re)construção. É como um músculo: quanto mais o exercitamos, mais forte ele se torna e mais preparado ficamos para os próximos desafios.
Transformando Adversidades em Oportunidades de Crescimento
A resiliência vai muito além de “aguentar o tranco” ou “ter uma pele grossa”; é sobre encontrar significado e aprendizado nas situações difíceis. É a capacidade de transformar uma adversidade, um momento de dor, numa verdadeira oportunidade de crescimento pessoal. Como orientadores, podemos e devemos ajudar os jovens a mudar a sua perspetiva, a ver o lado positivo ou, pelo menos, o lado instrutivo, mesmo nas situações mais sombrias. Por exemplo, um insucesso num exame importante pode ser visto não como um fim, mas como uma chance de rever métodos de estudo, de pedir ajuda a um professor ou colega, de aprender a gerir o tempo de forma mais eficaz. Uma discussão com um amigo pode ser uma oportunidade valiosa para praticar a comunicação e a empatia. A minha experiência mostra que esta mudança de mentalidade é libertadora, um verdadeiro clique na cabeça deles. Em vez de se vitimizarem e sentirem-se impotentes, os jovens começam a ver-se como agentes da sua própria mudança e crescimento. É um processo contínuo, claro, e requer muitos reforços positivos e conversas inspiradoras. Mas quando eles começam a interiorizar essa forma de pensar, tornam-se incrivelmente mais fortes e preparados para os desafios que a vida, inevitavelmente, lhes vai apresentar. É plantar a semente da esperança e da autoconfiança, que florescerá em força interior.
Celebrando Pequenas Vitórias: O Impacto do Reforço Positivo
Reconhecendo o Esforço e o Progresso
Uma das coisas que mais me motiva no meu trabalho com jovens é ver o seu progresso, mesmo que sejam pequenos passos, aqueles que só nós, que estamos atentos, conseguimos notar. E, acreditem, para eles, esse reconhecimento é absolutamente vital e um poderoso combustível. Num mundo onde muitas vezes só se destaca o erro, a falha, o que está menos bem, o reforço positivo torna-se um bálsamo, um sopro de ar fresco. Não é sobre elogiar por qualquer coisa ou de forma vazia, mas sobre reconhecer o esforço genuíno, a dedicação e o avanço, por menor que seja. “Reparei que te esforçaste imenso para apresentar aquele trabalho, e deu para ver o teu empenho e como te preparaste!” Uma frase assim, dita com sinceridade e atenção, vale ouro para a autoestima de um jovem. Já vi jovens que estavam quase a desistir de uma tarefa difícil, mas com um simples reconhecimento do seu trabalho árduo, ganharam um novo ânimo e conseguiram terminar com sucesso. É como um combustível que os impulsiona a continuar, a não baixar os braços. O problema é que, muitas vezes, nós, adultos e orientadores, tendemos a focar-nos no que falta, no que não está perfeito, no “quase lá”. Mas se mudarmos a lente e passarmos a valorizar o processo, a persistência, o crescimento individual, estamos a construir uma base sólida para a autoestima e a motivação intrínseca dos jovens. O verdadeiro sucesso nem sempre é o resultado final, mas sim a jornada e o esforço até lá.
Inspirando a Autoconfiança Através do Sucesso
O reforço positivo, quando bem aplicado e com propósito, não é apenas um elogio; é uma ferramenta poderosa para construir a autoconfiança duradoura. Quando um jovem é consistentemente reconhecido pelo seu esforço e pelos seus pequenos sucessos (sim, os pequenos são os que constroem os grandes!), ele começa a acreditar mais nas suas próprias capacidades, a sentir-se capaz. É um ciclo virtuoso maravilhoso: o reconhecimento alimenta a motivação, que leva a mais esforço, que resulta em mais sucesso, que por sua vez, reforça a autoconfiança. Lembro-me de uma jovem que tinha um medo terrível de falar em público, ficava paralisada só de pensar. Começamos com pequenos passos: primeiro, apresentar algo apenas para mim, depois para um pequeno grupo de amigos, e cada vez que ela o fazia, eu reconhecia a sua coragem, o seu progresso e a sua melhoria. Hoje, ela consegue fazer apresentações em sala de aula na universidade com muito mais tranquilidade e segurança. Não é que o medo desapareça totalmente, isso é irreal, mas a autoconfiança que ela construiu permite-lhe enfrentá-lo e superá-lo. O nosso papel é de verdadeiros “arquitetos da confiança”, ajudando-os a verem o seu próprio potencial e a celebrarem cada etapa do caminho, cada pequena vitória. É assim que formamos jovens mais seguros de si, mais resilientes e mais capazes de perseguir os seus objetivos, independentemente dos obstáculos que a vida lhes possa apresentar. Acreditem, é um processo lindo de se ver!
Para Além da Orientação: Inspirando Lideranças Futuras
Cultivando o Espírito de Iniciativa e Proatividade
Se há algo que me deixa com o coração completamente cheio de alegria é ver um jovem a tomar as rédeas da sua própria vida e, mais ainda, a inspirar outros ao seu redor. O nosso papel como orientadores não deve ser apenas o de guiar e aconselhar, mas também o de cultivar ativamente o espírito de iniciativa e proatividade. Queremos que eles sejam pensadores críticos, resolvedores de problemas inovadores, e não apenas seguidores passivos. Como fazer isso de forma eficaz? Incentivando-os a propor ideias, a participar ativamente em projetos, a liderar pequenas atividades, seja na escola, em casa ou na comunidade local. Mesmo que as ideias não sejam perfeitas à primeira vista, o mais importante é valorizar o ato de pensar, de querer fazer e de arriscar. Por exemplo, em vez de dar uma tarefa pronta e delineada, posso perguntar: “O que achas que poderíamos fazer para melhorar a organização X?” ou “Tens alguma ideia de como resolver este problema Y que estamos a enfrentar?”. Já observei que, ao lhes dar um pouco de autonomia e responsabilidade, eles florescem e crescem de uma forma espantosa. Começam a ver-se como parte da solução, e não apenas como parte do problema. É uma mudança de paradigma essencial que os prepara não só para o seu próprio futuro, mas para serem agentes de mudança positiva nas suas comunidades, aqui em Portugal e no mundo. Estamos, no fundo, a formar os líderes de amanhã, e isso é uma responsabilidade e um privilégio imenso.
De Jovem Orientado a Orientador de Outros
O objetivo final, na minha visão e na minha experiência, é que os jovens que hoje orientamos e apoiamos se tornem, um dia, eles próprios, orientadores, mentores, inspiradores para os que vêm a seguir. É o ciclo virtuoso do mentoreado, uma corrente do bem que se estende. Eu acredito firmemente que, ao serem bem orientados, eles internalizam os valores, as competências e as ferramentas que receberam e são capazes de as replicar, de as transmitir. É a prova máxima do sucesso do nosso trabalho e do nosso impacto. Promover oportunidades para que os jovens mais velhos possam ser “mentores” dos mais novos, seja na escola, em associações juvenis, em projetos de voluntariado ou mesmo em casa, é uma estratégia poderosa e eficaz. Não só os ajuda a consolidar o seu próprio aprendizado e crescimento, como lhes dá um sentido de propósito, de responsabilidade e de pertença. Lembro-me de um jovem que, depois de ter superado grandes desafios pessoais com o meu apoio e orientação, se tornou um pilar para os colegas mais novos da sua turma, sempre pronto a ajudar e a ouvir. Ver o impacto positivo que ele tinha nos outros, aplicando aquilo que ele próprio tinha aprendido, foi uma das experiências mais gratificantes e inspiradoras da minha vida. É a prova de que o nosso legado não está apenas no que fazemos por eles, mas no que os capacitamos a fazer por si próprios e pelos outros. É a verdadeira transformação, um passo de cada vez, para um futuro mais promissor e uma sociedade mais solidária.
글을마치며
Meus amigos e caros leitores, chegamos ao fim de mais uma partilha, e espero, do fundo do coração, que estas reflexões sobre a orientação de jovens lhes sejam tão úteis quanto foram para mim ao longo dos anos. A nossa jornada com eles é uma construção contínua, uma verdadeira ponte de confiança que se ergue com cada palavra de apoio, cada escuta atenta e cada pequeno sucesso celebrado. Lembrem-se que somos faróis para uma geração que anseia por direção e validação, mas que, acima de tudo, precisa de sentir que não está sozinha. Continuem a inspirar, a guiar e a acreditar no potencial ilimitado dos nossos jovens. O futuro deles, e o nosso, depende muito do carinho e da dedicação que hoje lhes damos, aqui em Portugal e por esse mundo fora.
알아두면 쓸mo 있는 정보
1. Mantenha a mente aberta ao conversar com jovens: suas perspectivas e desafios são diferentes dos nossos. Escute mais, julgue menos.
2. Incentive o uso consciente das redes sociais: ajude-os a entender os riscos e a desenvolver uma autoestima que não dependa de validação online.
3. Priorize a empatia: coloque-se no lugar deles para compreender suas emoções e reações, mostrando que seus sentimentos são válidos.
4. Estimule a autonomia: em vez de dar soluções prontas, ajude-os a desenvolver suas próprias estratégias para resolver problemas e tomar decisões.
5. Celebre as pequenas vitórias: o reconhecimento do esforço e do progresso, por menor que seja, é um poderoso combustível para a autoconfiança e resiliência.
중요 사항 정리
Para construir laços sólidos e eficazes com os jovens, é fundamental cultivar um ambiente de confiança mútua, escuta ativa e empatia genuína. Devemos ser autênticos e consistentes na nossa abordagem, compreendendo os desafios únicos do mundo digital e capacitando-os com competências de vida essenciais e resiliência. Através do reforço positivo e do incentivo à iniciativa, inspiramos não só o seu crescimento individual, mas também a formação de futuros líderes capazes de fazer a diferença. O nosso papel vai além da orientação; é uma oportunidade de semear esperança e fortalecer a próxima geração.
Perguntas Frequentes (FAQ) 📖
P: Com tantos jovens a lutar contra a saúde mental e o vício das redes sociais, como podemos, como orientadores, realmente chegar até eles e oferecer um apoio que faça a diferença?
R: Esta é a questão de um milhão de euros, não é? E sim, é um desafio enorme, mas não é impossível. O primeiro passo, na minha opinião e pela minha experiência, é ouvir sem julgar.
Os jovens de hoje sentem-se muitas vezes incompreendidos ou têm receio de partilhar o que realmente sentem por medo de serem criticados ou minimizados.
Eu vejo isso muito nas interações que tenho. Comece por criar um espaço seguro onde eles se sintam à vontade para falar. Isso pode ser um ambiente informal, longe de pressões, onde possam expressar as suas ansiedades sobre o futuro, as pressões académicas ou até mesmo a comparação constante que as redes sociais lhes impõem.
No que toca à saúde mental, é crucial estar atento aos sinais – mudanças de humor, isolamento, perda de interesse em atividades que antes gostavam. Se notar algo preocupante, não hesite em sugerir apoio profissional, mas faça-o de forma delicada e empática, mostrando que se preocupa com o bem-estar deles acima de tudo.
Em relação às redes sociais, em vez de proibir ou demonizar, que tal tentar entender o que as torna tão apelativas para eles? Fale sobre os prós e os contras, ajude-os a desenvolver um sentido crítico e a gerir o tempo online.
O importante é construir uma ponte de confiança onde eles sintam que podem procurar ajuda e que não estão sozinhos nesta jornada.
P: A comunicação parece ser um grande entrave, especialmente porque os jovens preferem as redes sociais. Como podemos adaptar a nossa forma de comunicar para sermos mais eficazes e construirmos relacionamentos autênticos?
R: Ah, a comunicação! É a chave para tudo, não é? E sim, as redes sociais mudaram as regras do jogo.
Pessoalmente, acredito que a adaptação é fundamental. Não podemos esperar que os jovens venham até nós usando apenas os nossos métodos de comunicação.
Temos de ir ao encontro deles onde eles estão. Isso não significa que temos de nos tornar experts em todas as plataformas, mas sim que devemos estar abertos a diferentes canais.
Mensagens curtas, diretas e até mesmo o uso de ferramentas digitais podem ser formas de iniciar o contacto. Contudo, e isto é algo que aprendi com o tempo, o mais importante é transitar dessas interações digitais para conversas presenciais e significativas.
A autenticidade e a empatia são universais, independentemente do meio. Pergunte como eles se sentem, partilhe um pouco das suas próprias experiências (com moderação, claro), mostre vulnerabilidade e humanidade.
Um olhar nos olhos, um sorriso genuíno, a escuta ativa – são elementos insubstituíveis que constroem laços profundos. Lembre-se, um relacionamento autêntico floresce quando há interesse mútuo e respeito, e isso não tem um formato fixo.
P: Que tipo de estratégias práticas podemos implementar no dia a dia para sermos orientadores mais eficazes e promovermos o desenvolvimento pleno dos jovens, para além de apenas “estar lá”?
R: Que excelente pergunta! “Estar lá” é o ponto de partida, mas a eficácia reside no que fazemos enquanto estamos lá. Pelas minhas observações e pelas histórias que me chegam, algumas estratégias práticas podem fazer uma enorme diferença.
Primeiro, incentive a autonomia. Em vez de lhes dar todas as respostas, faça perguntas que os ajudem a pensar criticamente e a encontrar as suas próprias soluções.
Por exemplo, em vez de dizer “faz isto assim”, pode perguntar “que opções vês para resolver este problema?”. Isto constrói resiliência e capacidade de resolução de problemas.
Segundo, celebre as pequenas vitórias. O mundo de hoje é muito focado no resultado final, mas o percurso é igualmente importante. Reconheça o esforço, a tentativa, o progresso.
Isso aumenta a autoestima e a motivação. Terceiro, seja um modelo de comportamento. Os jovens observam muito mais do que imaginamos.
A sua própria forma de lidar com desafios, de comunicar, de gerir o stress, pode ser uma inspiração poderosa. Por fim, e isto é algo que me toca muito, promova oportunidades de aprendizagem e crescimento, sejam elas em atividades comunitárias, workshops ou até mesmo na partilha de uma paixão sua.
Ao fazer isso, não estamos apenas a orientá-los, estamos a capacitá-los para se tornarem adultos confiantes, equilibrados e capazes de enfrentar o mundo com os seus próprios recursos.
É um investimento no futuro, não só deles, mas de todos nós.






